Fundos, LCI e CRI: conheça mais sobre os investimentos imobiliários

A forte valorização dos imóveis nos últimos anos fez com que os investidores se interessassem mais por este tipo de bem. E eles estão descobrindo que também é possível aplicar por meio de fundos e outros produtos de investimentos ligados ao setor, como o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

O interesse e as dúvidas sobre esse tipo de aplicação são grandes: de acordo com enquete do portal InfoMoney, 14% dos leitores se interessam ou possuem dúvidas sobre fundos e outros produtos imobiliários.



Para o sócio da Credit Suisse Hedging-Griffo e responsável pela área de fundos imobiliários da gestora, Alexandre Machado, o investimento em imóveis está bastante ligado à cultura financeira dos brasileiros.


“O brasileiro tem por hábito o investimento em imóveis, quer seja pela origem latina como também pelo período inflacionário que passamos no passado, quando os imóveis eram usados como um bom hedge (proteção) contra a inflação”, afirma Machado.
Fundos imobiliários
Segundo ele, entre as principais vantagens dos fundos imobiliários em relação à compra de um imóvel estão os valores – bem mais baixos quando se compra cotas de fundos – e a diversificação do portfólio imobiliário.
Além disso, ele também destaca os benefícios tributários deste tipo de aplicação. Enquanto sobre os rendimentos provenientes de aluguéis há a incidência de Imposto de Renda, por meio dos fundos imobiliários é possível, segundo a lei 11.196/05, isentar de IR os investidores pessoa física.
Outra vantagem de investir em fundos é a ausência do risco de vacância (desocupação do imóvel) e de deterioração imobiliária em uma certa região, segundo o especialista.
Baixa liquidez e informação ao mercado
Mas quem pretende investir em fundos imobiliários também precisa ficar atento às desvantagens em relação a outros investimentos. Uma delas é a falta de liquidez do mercado secundário. Isto quer dizer que, se você precisar do dinheiro com urgência, pode ter dificuldade de vender suas cotas. O mesmo pode acontecer com quem pretende comprar cotas depois do lançamento do fundo.
De acordo com Machado, outro ponto que ainda precisa ser aperfeiçoado nos fundos imobiliários é a informação aos cotistas. “Acho que este é o desafio da indústria. Encontrar um padrão para que possamos nos comunicar não só com os clientes de cada instituição, mas com o mercado como um todo”, afirma.
“Existe a iniciativa de algumas casas de tentar aprimorar este processo, mas, de fato, discute-se muito um padrão até para que os fundos sejam mais comparáveis”, completa o executivo.
CRI e LCI
Além dos fundos, o investidor também consegue investir em imóveis por meio de outros produtos financeiros, como o CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
Os CRIs são títulos lastreados em créditos imobiliários, garantidos por imóveis e que apresentam promessa de pagamento em dinheiro, com a venda de imóveis residenciais, comerciais ou de lotes urbanos e aluguéis de shopping centers e prédios comerciais.
Ao adquirir um CRI, o investidor está comprando, na verdade, o fluxo de recebimento de crédito concedido para a efetivação do empreendimento imobiliário. Quando você adquire um CRI, o rendimento vai se basear no fluxo de recebíveis que, neste caso, são os créditos decorrentes de operação de venda e compra a prazo, ou financiamento e locação de imóveis, sejam estes residenciais, comerciais ou industriais.
Assim como os fundos imobiliários, os CRIs também podem ser adquiridos por pequenos investidores. No primeiro semestre deste deste ano, por exemplo, a Caixa Econômica Federal ofereceu certificados com aplicação mínima de R$ 10 mil, com um retorno de 10% ao ano mais TR (taxa referencial).
Entre as vantagens desse investimento também se destacam a ausência de tributação sobre os rendimentos e o baixo risco, por conta do rating concedido pelas agências internacionais.
Já as LCIs são papéis de renda fixa lastreados em créditos imobiliários garantidos por hipotecas ou por alienação fiduciária do imóvel. Assim como nos fundos e nos CRIs, o investimento em LCI também é isento de Imposto de Renda, uma das principais vantagens para o investidor de varejo.
Uma das principais desvantagens do produto é o valor mínimo de investimento. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, que é conhecida por oferecer fundos de investimentos com valores mínimos inferiores a outras instituições, só disponibiliza as LCIs para investidores com aplicação mínima de R$ 50 mil.

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